Com as temperaturas mais altas, os mosquitos se proliferam mais. Assim, algumas doenças voltam a ficar frequentes e atingem nossos pets, nesse caso, principalmente os cães. Por isso, vamos contar tudo sobre a Leishmaniose em cachorro.
É surpreendente, mas muitos animais já estão infectados, no entanto não apresentam nenhum sintoma. Isso acontece porque a Leishmaniose pode ficar incubada de 3 meses até 6 anos. Então o tutor só leva o cachorro para a clínica quando já tem alguns sintomas e, por falta de informação, o veterinário recomenda a eutanásia do pet.
Essa não é uma doença que exige notificação compulsória, o veterinário não tem obrigação de notificar órgãos de saúde, porém só em 2015, 40 mil cachorros foram sacrificados por causa da Leishmaniose, quantos destes poderiam ter sobrevivido com o tratamento certo? Nunca saberemos.
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O que é a Leishmaniose em cachorro
Essa doença é uma infecção parasitária e ataca o sistema imunológico do cão. Quando o parasita da Leishmania entra em contato com o hospedeiro, no caso, o cachorro, ele ataca as células fogacitárias, estas que tem como objetivo proteger o animal. Na próxima etapa, o parasita se liga a estas células e o processo progride ainda mais. Então começa a propagação que pode atingir outros órgãos do pet, inclusive o fígado, baço a medula óssea.
Existem dois tipos da doença: a Leishmaniose cutânea não tem o cachorro como principal alvo, já a visceral sim. É uma doença grave que pode levar ao óbito. Muitas pessoas acreditam que o cão pode transmitir a Leishmaniose para humanos, porém não se preocupe: isso é apenas um mito. Mordidas, lambidas e contato físico não vão disseminar a enfermidade, é preciso obrigatoriamente do inseto.
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Causas da Leishmaniose em cães
A Leishmaniose está entre as seis endemias prioritárias segundo o Ministério da Saúde, mas muita gente não a conhece. No entanto, segundo o órgão, 90% dos casos de Leishmaniose Visceral Canina na América Latina acontecem no Brasil.
No nosso país, a principal causa da leishmaniose em cachorro é a picada do mosquito Lutzomyia Longipalpis. Também é conhecido pelo nome de mosquito-palha, pólvora, birigui, cancalha ou tatuqueira. A fêmea do inseto, ao picar um animal contaminado, ingere a leishmania e, se repetir a ação em outros humanos ou pets, transmite a doença.
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Mas, diferente do Aedes Aegypti, o vetor (todo ser vivo capaz de transmitir um agente infectante) não é o mosquito. Pois este não coloca o ovo em água parada, mas sim costuma pôr os ovos em matéria orgânica, de preferência onde não haja muita luz. Por isso que, antigamente, a doença era conhecida mais no meio rural. No entanto, com o desmatamento, o mosquito se adaptou à vida nas cidades e está presente em todas as regiões do Brasil.
Sintomas da Leishmaniose
Os sintomas mais comuns da Leishmaniose são: vômitos, diarreias, sangramento nas fezes, perda de apetite, desidratação e irregularidade no trato urinário. A doença pode atingir órgãos como rins, fígado e até mesmo o sistema digestivo do animal. Mas não para por aí: até mesmo a medula óssea pode ser afetada, a consequência é anemia e uma imunidade ainda mais prejudicada.
Como a imunidade do cão já está mais baixa, outras doenças podem surgir durante o percurso e até mesmo podem ser diagnosticadas antes da Leishmaniose. Então, como o cachorro não fica curado completamente, o animal volta para o veterinário e só então é feito um exame específico dessa zoonose.
O exame da Leishmaniose
Além da consulta, o veterinário pode solicitar exames. Um deles é feito por histopatologia, um fragmento pequeno é retirado do corpo do animal, que pode ser a pele, e enviado para o laboratório. Então, essa partícula vai ser analisada com ajuda de um microscópio para sabermos o diagnóstico correto.
Outra forma é por citologia aspirativa. O veterinário aspira com uma agulha as células de um órgão para avaliar. Se o parasita é visualizado, o resultado é positivo. Ambos são exames seguros e eficazes, apesar de terem uma pequena margem de erro.
Tratamento da Leishmaniose
Até pouco tempo atrás, mais precisamente 2016, o Ministério da Saúde não permitia que o tratamento fosse realizado. O motivo é que a doença não tem cura e, até hoje, em cachorros não há. O que acontece é que é promovida uma cura clínica e epidemiológica.
É preciso lembrar que a Leishmaniose é uma zoonose grave: uma doença de animais que pode ser transmitida aos seres humanos, por isso, é causa de saúde pública. O cachorro não transmite a doença diretamente, mas sim para o mosquito e esse pode nos contaminar.
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Remédio para a Leishmaniose
Mesmo ainda não tendo a cura para a doença, ela é controlada e, deste modo, deixa de ser uma fonte de transmissão. O animal também não vai mais sentir os sintomas da Leishmaniose, vive como um pet normal: pula, brinca e se alimenta bem.O remédio só o veterinário vai poder indicar, mas é um tratamento caro, longo e necessita de cuidado e intenso acompanhamento veterinário, isto é a medicação segue por toda a vida do animal.
Outros medicamentos também podem agir como suporte. Como a doença pode atingir diversos órgãos, talvez o animal vai necessitar algum remédio para combater os sintomas em determinada região onde a Leishmaniose progrediu mais.
Cuidados com a Leishmaniose
Prevenção da Leishmaniose
Por ser uma doença que pode se tornar fatal, é importante você ter os seguintes cuidados:
- Telas de proteção: por redes de proteção nas janelas e portas vai ajudar a evitar que os mosquitos entrem na sua casa;
- Colocar no pet coleiras repelentes ou até mesmo repelentes: na ZenPet encontra várias opções desse tipo de coleira, mas também encontra repelente com spray, seja para o seu melhor amigo ou para você!
- Manter o local limpo: como o mosquito gosta de lugares com matéria orgânica, evite ter esse tipo de resíduo no terreno de casa;
- Vacina: apesar de não oferecer uma proteção completamente eficaz, a vacina ajuda a evitar que o seu cachorro tenha Leishmaniose. Ela pode ser tomada por filhotes acima de 4 meses de idade. Deve ser repetida todos os anos e é aplicada em 3 doses, todas com intervalos de 21 dias. Porém, a vacina só pode ser tomada pelos cães que não possuem a doença.